OASIS

Stop The Clocks

Na metade da década de 90, o Oasis estava entre os maiores nomes do rock britânico, tendo como rival apenas o Blur. Os dois primeiros discos da banda dos irmãos Gallagher, "Definitely Maybe" e "(What's The Story) Morning Glory?", de 1994 e 1995, respectivamente, estão entre os títulos fundamentais do chamado britpop e lançaram verdadeiros clássicos pop, como "Live Forever", "Supersonic", "Wonderwall" e "Don't Look Back in Ager". Nessa época, o quarteto vivia um ápice criativo que possibilitava deixar ótimas canções, como "The Masterplan" e "Talk Tonight", para preencher lados B de compactos. Com o megaestrelato e os excessos que o acompanham, a banda passou a conhecer os pontos baixos da carreira, como no terceiro álbum, "Be Here Now", de 1997, trabalho menor na discografia do grupo. Após um hiato de três anos, o Oasis voltou em 2000 com "Standing in The Shadow of The Giants", disco irregular que tem alguns bons momentos, como "Go Let It Out". Na seqüência, outro trabalho no mesmo padrão, "Heathen Chemistry", lançado em 2002, de onde se destaca a faixa "Songbird". Foi preciso chegar ao sexto álbum para o grupo ficar próximo do nível de excelência dos primeiros trabalhos. "Don't Believe The Truth", do ano passado, rendeu dois grandes singles, "Lyla" e "The Importance of Being Idle". Agora essa história pode ser ouvida na primeira compilação de carreira da banda, "Stop The Clocks". O disco duplo compilado por Noel Gallagher reúne os principais sucessos, com maior destaque para os clássicos dois primeiros discos --que aparecem com cinco faixas cada um--, os lados B já citados e canções tiradas dos demais álbuns, com exceção de "Be Here Now". (FERNANDO KAIDA)