EUMIR DEODATO E OS CATEDRÁTICOS

"Tremendão", "Samba Nova Concepão" "Impulso!", "Ataque" e "O Som dos Catedráticos"

Os cinco álbuns gravados por Eumir Deodato e seus Catedráticos do Samba entre 1964 e 65 para a gravadora Equipe, relançados agora em CD pela Atração, são uma boa oportunidade para conhecer o começo da carreira deste produtor e arranjador brasileiro que, vindo da bossa nova, literalmente ganhou o mundo a partir dos anos 70 trabalhando com Tom Jobim, Frank Sinatra, Aretha Franklin e Tony Bennett.

Os álbuns ("Tremendão", "Samba Nova Concepão" "Impulso!", "Ataque" e "O Som dos Catedráticos") trazem arranjos originais para clássicos do samba, da bossa e do jazz, com Deodato no piano e no órgão Hammond e muito metal e bateria. O nome da banda (que muda de formação de álbum para álbum) não é apenas retórico: estão lá Dom Um Romão (bateria), Maurílio (trompete), Raul de Souza e Edson Maciel (trombone), Wilson das Neves (bateria), Dauteth Azevedo (guitarra) e Tenório Jr. (o pianista brasileiro que foi morto pela ditadura argentina em 1976), entre outros craques.

No repertório, arranjos que ficaram clássicos, como o de "Samba de Verão" (Marcos e Paulo Sergio Valle), deliciosas versões para bossas de Durval Ferreira ("Estamos Aí", "Menina Certinha", "Samba Novo"), leituras de temas jazzísticos como "My Manne Shelly (Henry Mancini), arranjos para sambas tradicionais como "O Sol Nascerá" (Cartola) e "Diz que Fui por Aí" (Zé Ketti) e composições de Deodato como "Tremendão", "De Presente" e "Baiãozinho". (ROGER MODKOVSKI)