Gravadora: EMI
Preço médio: R$ 59
22/02/2008
IRON MAIDEN
"Live After Death"
Novidades não são exatamente o forte do DVD "Live After Death" do Iron Maiden, lançado no Brasil para aproveitar da vinda do grupo de heavy metal inglês ao país em março.
O material é o relançamento em novo formato do VHS com registros de um show do grupo nos Estados Unidos em 1984, durante uma das mais celebradas turnês do Iron Maiden, que tinha "The Trooper", "Rime of The Ancient Mariner", "Powerslave" e "Number or The Beast" no repertório.
Mas relembrar a apresentação dos tempos em que Dickinson ainda mantinha o cabelo comprido e desfilava suas calças colantes coloridas com entusiasmo pelo palco não é a parte mais divertida do DVD. O segundo disco da caixa reúne dois documentários de uma hora de duração com depoimentos, entrevistas e cenas de bastidores da banda ao longo da carreira. Não faltam recordações sobre as bebedeiras e confusões em que se meteram os integrantes da banda nos tempos de juventude, e as inevitáveis queixas sobre o desgaste da rotina de shows, ensaios e gravações dos discos.
Na mesma linha histórica, o destaque mais interessante do DVD "Live After Death" é o registro da apresentação no Rock in Rio de 1985, um dos mais memoráveis shows do grupo, segundo depoimentos dos próprios componentes do Iron.
Descartado o compreensível oportunismo comercial de um relançamento como o de "Live After Death", ver (ou rever) cenas do Iron Maiden da década de 1980 às vésperas de mais um show do grupo no Brasil, mais de 20 anos depois da histórica participação no Rock In Rio, não deixa de ser uma oportunidade para colocar em perspectiva a sempre acalorada discussão sobre a longa carreira do grupo.
Em certo ponto do show de "Live After Death", o vocalista Bruce Dickinson pára a apresentação e comenta sobre o sucesso da turnê do grupo mesmo sem grandes badalações da mídia nos idos da década de oitenta. Bem, bastará observar os arredores dos shows que o grupo fará no Brasil em março para ver que nesse tempo todo, pelo menos no entusiasmo dos fãs, pouca coisa mudou.
(JOSÉ BUENO DE SOUZA)