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Gravadora: Universal
Preço médio: R$ 50,00
01/11/2005

NEY MATOGROSSO

Canto em Qualquer Canto

No início dos anos 70, Ney Matogrosso, 63, foi integrante de uma das bandas de rock mais originais do mundo, os Secos & Molhados, que adiantaram em pelo menos meia década o glam rock, com suas temáticas sombrias, roupas espalhafatosas e maquiagem teatral --assumidamente copiada pelo Kiss. Mas o grande trunfo da banda era o vocalista, com suas perfomances exuberantes e seu timbre agudo, quase feminino. Depois de dois discos com o grupo, Ney saiu em carreira solo para se dedicar a um som mais pop, que flertava com a MPB. Sem medo de se arriscar, o cantor lançou diversos artistas novos, à época, como Eduardo Dusek e o Barão Vermelho, além de ser o primeiro dos cantores "famosos" a gravar artistas considerados "malditos", como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e Luli e Lucina. A partir do final da década de 80, Ney realizou discos de música popular com formação instrumental radicalmente acústica, antes mesmo de que a "moda" ou o "selo" do acústico existissem. Agora, em "Canto em Qualquer Canto", Ney comemora 30 anos de carreira solo, com um CD e um DVD em que revisita alguns de seus próprios clássicos, como "Bandoleiro", "Bamboleô", "Ardente", "Retrato Marrom" e "De Tanto Amar", ao lado de outras canções inéditas em sua voz, como "Oriente", de Gil, e "Já te Disse", dos Tribalistas. Com uma instrumentação que reúne violão de aço, de náilon, violão de sete cordas, guitarra, viola e alaúde, as músicas ganharam um "acento" entre o folk e o flamenco. O show foi gravado em São Paulo, em dezembro de 2004. (Antonio Farinaci)

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