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17/12/2003

VÁRIOS

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 Blur | Johnny Cash | Radiohead
 Marilyn Manson | Led Zeppelin | Beatles
 Iggy Pop | Brendan Benson | Molotov
 Stephen Malkmus & The Jicks | Strokes
 Lambchop | Café Tacuba | The White Stripes

 

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THE WHITE STRIPES
"Elephant"

Quarto disco da dupla de Detroit, Jack e Meg White, que atingiram o estrelato com o disco "White Blood Cells", de 2001, e a canção "Fell in Love with a Girl". No novo álbum, o casal apresenta mais uma coleção de baladas cruas e diretas, que podem ser sombrias como "The Hardest Button to Button" e "Seven Nation Army", o melhor rock do ano, ou bem humoradas como "Girl, You Have no Faith on Medicine", talvez a única letra do pop com a palavra "acetaminophen", princípio ativo do Tylenol e outros analgésicos. Destaque para a regravação de "I Just Don't Know What To Do with Myself", de Burt Bacharach, e para a participação da cantora inglesa ultra-cult Holly Golightly na faixa "Well, It's True That We Love One Another". (Antonio Farinaci)
Gravadora: Sum Records
Preço: R$ 20,80


 

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BLUR
"Think Tank"

O sétimo álbum do grupo inglês chegou às lojas cercado de expectativas. Gravado no Marrocos, este é o último disco do Blur com a participação do guitarrista Graham Coxon, que deixou a banda durante as gravações, após uma discussão com o vocalista Damon Albarn. Das 13 faixas do CD, apenas uma, "Battery in Your Leg", foi composta com o guitarrista. Para substituí-lo, Albarn assumiu as guitarras no estúdio e tirou um som que em tudo faz lembrar o de Coxon. Assim, o "novo" Blur manteve as guitarras distorcidas dos álbuns recentes, sem deixar de experimentar novas sonoridades -como a participação de músicos marroquinos e a colaboração inusitada de Norman Cook, o Fatboy Slim, como produtor em duas faixas. Porém, o experimentalismo do Blur não faz de "Think Tank" um disco "anti-comercial", como aconteceu com "Amnesiac", do Radiohead. Neste CD, o Blur demonstra mais uma vez sua maestria em criar boas canções pop -com sua marca registrada- a partir de influências novas e variadas. (Fernando Kaida)
Gravadora: EMI
Preço médio: R$ 28


 

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JOHNNY CASH
"American IV: The Man Comes Around"

Lançado nos Estados Unidos no final de 2002, saiu este ano, no Brasil, o quarto volume da série de discos gravados por Johnny Cash e o produtor Rick Rubin, conhecido por seu trabalho com grupos como Beastie Boys e Red Hot Chili Peppers. "American IV: The Man Comes Around", segue a linha de seus antecessores e traz Cash, ícone da música folk norte-americana, interpretando uma seleção de canções alheias e composições próprias. De início, o que mais chama a atenção é a variedade de estilos escolhidos pelo cantor, que tinha 70 anos na época da gravação. Ao lado da inédita "The Man Comes Around", de inspiração religiosa, Johnny Cash regrava, com sua voz grave e acompanhado geralmente apenas de violão e piano, músicas dos grupos eletrônicos Nine Inch Nails e Depeche Mode, da dupla folk Simon & Garfunkel, Beatles, Sting e do cantor country Hank Williams. Os melhores momentos do CD são justamente os que parecem mais inusitados, com as versões acústicas e pessoais para "Hurt", do grupo industrial Nine Inch Nails, e "Personal Jesus", do Depeche. Em "American IV" Johnny Cash consegue deixar sua marca pessoal em canções que estão décadas distantes umas das outras, e faz com que músicas de estilos distintos soem como se fossem suas próprias canções. (FK)
Gravadora: Universal
Preço médio: R$ 27


 

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RADIOHEAD
"Hail to the Thief"

"Desde 'OK Computer' o pop fica ouriçado a cada vez que o grupo vai lançar um disco, na esperança de o rock 'voltar' a ter destaque no som do Radiohead. E 'Hail to the Thief', então, pode ser festejado como o CD que promoveu o retorno do rock ao Radiohead. (Folha de S.Paulo)" (Leia mais na Folha de São Paulo)
Gravadora: EMI
Preço médio: R$ 33


 

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MARILYN MANSON
"The Golden Age of Grotesque"

Chega ao Brasil o mais recente disco de um dos mais polêmicos músicos norte-americanos, o papa do dark Marylin Manson. Acusado de satanismo e de incentivar a violência entre seus fãs adolescentes, o músico conseguiu com este disco desbancar -ainda que por pouco tempo, apenas em sua semana de lançamento- o rapper 50 Cent, fenômeno de vendas nos EUA. O disco traz o mesmo som pesado que consagrou Manson, em faixas como "This is the New Shit", que também faz parte da trilha sonora de "Matrix Reloaded" e uma impagável versão (lançada nos EUA em 2002) de "Tainted Love", sucesso de Gloria Jones dos anos 60 transformado em hino gay pelo Soft Cell nos anos 80. (Antonio Farinaci)
Gravadora: Universal
Preço médio: R$ 28


 

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LED ZEPPELIN
"How the West Was Won"

A banda de Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham é, hoje, um dos maiores clichês do rock'n'roll espírito "Quase Famosos" (o filme de Cameron Crowe). Tornado previsível pela eterna repetição de seus clássicos "Rock and Roll", "Black Dog" e "Stairway to Heaven", o Led ficou preso em um passado, perdendo seu apelo emocional, sem nada que os fizessem soar diferentes em 2003. Mesmo que fosse mais uma banda de estilo clássico, falsos hippies que revisitavam o blues com abordagem pesada e exibicionista, há uma razão para o Led Zeppelin ser o que é - um baluarte intocável, mesmo porque chega a ser a banda definitiva do estilo. E essa razão é as performances ao vivo, vindas de um grupo que dava um verdadeiro espetáculo no palco em seu auge (1972, ano dos shows aqui registrados). Mesmo que um disco triplo pareça um exagero, versões de 20 minutos de "Dazed and Confused", "Moby Dick" e "Whole Lotta Love" dão dimensão das apresentações mais sônicas de uma banda que tinha "O" criador de riffs de guitarra da época (Page) e "o" baterista (Bonham) - além de um vocalista com presença de palco e um baixista que se encaixava perfeitamente no estilo -, todos em seus melhores momentos. Caso você ainda queira entender porque o Led é o que é, este disco é a prova que precisava. (Augusto Olivani)
Gravadora: Warner
Preço médio: R$ 61


 

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BEATLES
"Let It Be...Naked"

Nova versão "remixada" e dupla do disco "Let it Be", último a ser lançado pelos Beatles (embora tenha sido o penúltimo a ser gravado). O relançamento traz instrumentações mais secas do que as apresentadas na versão original, principalmente nas músicas "Long and Winding Road", "I Me Mine" e "Across the Universe", das quais foram removidos os acompanhamentos produzidos por Phil Spector, conhecido por seus arranjos orquestrais grandiosos. Além dessa alteração --a mais significativa--, houve uma mudança na ordem das músicas, a retirada de todos os diálogos entre faixas, e a troca das músicas "Dig It" e "Maggie Mae" por uma ótima versão de "Don't Let Me Down".
O segundo CD traz trechos de entrevistas concedidas no estúdio e conversas entre os integrantes da banda, durante as gravações do álbum, além de tomadas do ensaio de algumas faixas.
O disco não traz, no entanto, conforme anunciado pela imprensa inglesa, a histórica gravação de "Imagine", de Lennon, feita pelos Beatles. (AF)
Gravadora: EMI
Preço médio: R$ 37


 

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IGGY POP
"Skull Ring"

Antes mesmo de chegar às lojas, o novo álbum de Iggy Pop gerava grande ansiedade, pois, pela primeira vez em 30 anos, os membros do influente grupo The Stooges, do qual o cantor fez parte, se reuniram para gravar quatro novas faixas. "Skull Bones" começa com a empolgante "Little Electric Chair", justamente a melhor música resultante da reunião de Pop com os irmãos Ron e Scott Asheton, respectivamente ex-guitarrista e ex-baterista dos Stooges. As outras três inéditas gravadas com seus antigos companheiros não chegam a atingir o mesmo nível de "Little electric Chair", mas, ainda assim, estão entre os pontos altos do álbum. Nas demais faixas, Iggy Pop colabora com novos nomes que tiveram suas carreiras diretamente influenciadas por sua música. O punk pop do Green Day está presente em "Private Hell" e "Supermarket", que deverão agradar ao público adolescente. Já a canadense Peaches retribui a gentileza de Pop, que participou do mais recente disco da cantora, "Fatherfucker" (2003), e canta em duas boas faixas -"Motor Inn" e "Rock Show", essa última lançada originalmente no disco de estréia da cantora, sem os vocais de Iggy Pop. Já nas músicas em que é acompanhado por sua banda de apoio, The Trolls, os resultados são, de maneira geral, positivos, com destaque para "Perverts in The Sun" e "Whatever". Com uma discografia solo cheia de altos e baixos, Iggy Pop marca, com "Skull Bones", mais um ponto na primeira categoria. (FK)
Gravadora: EMI
Preço médio: R$ 33


 

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BRENDAN BENSON
"Lapalco"

Este é o segundo álbum do cantor e compositor norte-americano. Lançado em 2002 nos Estados Unidos, o CD chegou ao Brasil este ano pela gravadora Sum Records. Com a ajuda de Jason Falkner, do grupo de power pop Jellyfish, que escreveu metade das músicas do disco, Benson faz um belo pop rock, com melodias que lembram Paul McCartney e bandas dos anos 60 como Kinks e Who. Mesmo sem ser conhecido do grande público, o cantor tem admiradores no panteão da música indie: A celebrada dupla White Stripes, de Detroit, regravou uma das canções de "Lapalco", "Good To Me", em seu mais recente single, "Seven Nation Army". Jack White, guitarrista do duo, define Benson como um "um mestre no artesanato das canções", e para ele "Lapalco" é o "melhor disco" que já ouviu em anos. (FK)
Gravadora: Sum
Preço médio: R$ 25


 

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STEPHEN MALKMUS & THE JICKS
"Pig Lib"

"Mesmo tão bom quanto os discos do Pavement, "Pig Lib" está a léguas de distância da sonoridade da primeira banda de Malkmus. Ainda é bem lo-fi, mas esqueça os turbilhões de feedback e as canções fraturadas que fizeram a fama do grupo". (Leia mais na Folha de São Paulo)
Gravadora: Trama
Preço médio: R$ 24,50


 

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STROKES
"Room on Fire"

"A essa altura do campeonato, após tudo o que já foi falado e festejado e analisado sobre eles, depois que as músicas de seu segundo disco invadiram a internet semanas antes de o álbum chegar às lojas, melhor cortar a enrolação e ir direto: "Room on Fire" é --sem brincadeira-- melhor do que "Is This It". (Leia mais na Folha de São Paulo)
Gravadora: BMG
Preço médio: R$ 33


 

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LAMBCHOP
"Nixon"

"A influência central de 'Nixon' é a música negra americana dos anos 70. A reverência de Kurt Wagner ao soul e aos 'spirituals' pontuam todo o disco, seja no groove de 'Grumpus', nos coros gospel de 'Up with People' ou no uso frequente do falseto, marca de 'What Else Could it Be' e de 'The Distance from Her to There'". (Leia mais na Folha de São Paulo)
Gravadora: Trama
Preço médio: R$ 25,90


 

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MOLOTOV
"Dance and Dense Denso"

Direto da Cidade do México vem o Molotov, que teve seu novo álbum editado no Brasil em junho. Quase quatro anos depois de seu disco anterior, "Dance and Dense Denso" é uma bela amostra do rock feito hoje em dia na América Latina, gênero menos divulgado por aqui do que o pop latino. O CD mistura elementos de punk, hardcore, hip hop e pop, e lembra, em alguns momentos, o que seria um encontro do Rage Against The Machine com os Beastie Boys. As músicas são cantadas em inglês, espanhol e spanglish -misturam das duas línguas-, como em "Here We Kum", que traz o refrão "Here We Kum and We Don't Care Mucho" ('aí vamos nós e não nos importamos'). Com essa mistura de gêneros, o Molotov faz um disco de primeira, que foge aos rótulos e é garantia de empolgação em qualquer lugar do mundo. (FK)
Gravadora: Universal
Preço médio: R$ 27,50


 

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CAFE TACUBA
"Cuatro Caminos"

"O título 'Cuatro Caminos' não deixa de estar relacionado às raízes da banda --é a estação de metrô que liga Ciudad Satélite à Cidade do México--, mas se refere, principalmente, aos variados rumos musicais que os quatro integrantes podem ditar quando compõem. Não é incoerente que tenha esse nome quando o Café Tacuba grava seu disco menos mexicano e menos eclético?" (Leia mais na Folha de São Paulo)
Gravadora: Universal
Preço médio: R$ 28

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