LENNY KRAVITZ

Baptism

Um dos artistas mais criativos surgidos no final dos anos 80, Kravitz erra a mão neste disco. O músico, que ficou conhecido por promover a onda retrô dos anos 70 com canções impregnadas de funk e rock pesado, no melhor estilo Sly and the Family Stone, com toques de Led Zeppelin, não consegue fazer nada além de pastiche em "Baptism". A novidade que havia em músicas como "Always on the Run" ou "It Ain't Over 'til It's Over" aqui é substituída por uma desconfortável sensação de dejà-vu, em composições menores como "Calling all Angels" ou "I don't Want to Be a Star". Outras músicas como "Baptized" e "Minister of Rock and Roll" vão bem até certo ponto, mas, de repente, são atacadas por uma virada cafona na melodia. Salvam-se alguns momentos inusitadados como a insuspeitada inflexão Elvis Costello de Kravitz em "What did I do with my Life" ou o toque David Bowie em "The Other Side". (AF)