UOL Entretenimento Música
 
Gravadora: Warner
Preço médio: R$ 34
20/07/2010

STONE TEMPLE PILOTS

"Stone Temple Pilots"

Depois de nove anos de silêncio, que incluíram contratempos contratuais com a gravadora Atlantic Records e uma separação em 2003, o Stone Temple Pilots lança seu sétimo álbum --que leva o nome da banda-- para representar seus 18 anos de carreira em uma nova fase.

Mixado e produzido por Chris Lorde-Age, que já trabalhou com Green Day e My Chemical Romance, o álbum tem 12 faixas. Todas as letras foram escritas pelo vocalista Scott Weiland, que disse em entrevistas ter aproveitado seu tempo para estudar composições de Leonard Cohen e Bob Dylan e se redescobrir em uma nova forma de escrever contando histórias.

O trabalho foi gravado durante pausas na agenda da banda e demorou 10 meses para ser finalizado. Enquanto a banda gravou nos estúdios dos produtores, Weiland preferiu gravar os vocais em seu próprio estúdio.

"Stone Temple Pilots", com uma sequência linear, sem grandes baladas ou hits, tem influências declaradas no country e rock nos anos 60 e 70, além do tom pop e psicodélico característico da banda.

"Between the Lines", o primeiro single do álbum, abre a seleção, e segundo o baixista Robert DeLeo, em entrevista à revista "Spin", é influênciada por The Animals, The Zombies e Joy Division.

As gravações foram feitas com guitarras Gibson e Telecaster e uma variedade de amplificadores para dar um ar mais vintage. "Take a Load Off" traz um pouco do ar grunge presente na banda, enquanto "Hickory Dichotomy" já revela um pouco da influência de Bob Dylan, apesar do riff lembrar "Old Same Song and Dance", do álbum "Get Your Wings" de 1974, do Aerosmith.

"Dare If You Dare", "Cinnaman" e "First Kiss on Mars" mostram o lado calmo do álbum e funcionam mais como baladas. "Bagman" tem a dose country enquanto "Peacoat" e "Fast As I Can" usam a fórmula da banda de misturar frases mais agitadas com os refrões mais melódicos. "Maver" encerra o álbum revezando solos de guitarra e piano.

A arte da capa foi feita pelo ilustrador Shepard Fairey "Obey", que criou o icônico cartaz "Hope" de Barack Obama e a capa de "Mothership", do Led Zeppelin. (ESTEFANI MEDEIROS)
Gravadora: Warner
Preço médio: R$ 49
14/07/2010

VÁRIOS

"Runaways, o Filme" - Trilha sonora original

MC5, Sex Pistols, Stooges, David Bowie. As bandas que fizeram o cenário da década de 70 são o pano de fundo da trilha sonora e da história de uma das primeiras "girl bands" que o mundo viria a ouvir falar, The Runaways.

A cinebiografia "The Runaways, o Filme", dirigida por Flora Sigismondi, que já trabalhou em clipes de Marilyn Manson, White Stripes e Björk, é protagonizada pelas atrizes teen Kristen Stewart --da saga "Crepúsculo"--, que interpreta Joan Jett, e Dakota Fanning, que faz a guitarrista e vocalista Cherrie Currie.

O álbum chegou às prateleiras antes mesmo do longa estrear no Brasil, onde esta previsto para ser exibido a partir do dia 20 de agosto de 2010. A lista de 14 músicas é dividida entre gravações originais e versões interpretadas por Stewart e Fanning.

A trilha passaria despercebida se não fossem as regravações de "California Paradise" e "Cherry Bomb" na voz de Dakota Fanning e "Queens of Noise" e "Dead end Justice" em que a atriz divide os vocais com Kristen Stewart. Diferentemente de Dakota, que canta de forma mais espontânea, Kristen fica com a função de backing vocal e aparece menos nas músicas.

O álbum também conta com três faixas originais das Runaways, "Hollywood", do álbum "Queens of Noise", de 1977, "I Wanna Be Where the Boys Are", gravada ao vivo no Japão, também em 1977, ano em que a banda fez uma turnê de sucesso no país, e "Don't Abuse Me", na voz de Joan Jett, do álbum "Flaming Schoolgirls", de 1980, essa última não foi incluída no filme.

Além das músicas envolvendo a banda que é tema do filme, a seleção tem "Roxy Roller", de Nick Gilder, "The Wild One", de Suzi Quatro, e "Rebel Rebel", de David Bowie. Por ser uma das mais antigas, a gravação de "It´s a Man's Man's Man's World", do MC5, ficou com uma qualidade sonora inferior em relação as outras faixas do álbum. "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges, e "Pretty Vacant", dos Sex Pistols, fecham o repertório de gravações originais.

Lançado pela Atlantic Records, a trilha sonora de "Runaways, o Filme", foi produzida por Joan Jett, Kenny Laguna, Kevin Weaver e Paul Ketz, parceiros de longa data de Jett e que já trabalharam com a roqueira em outros projetos, dentre eles a banda Joan Jett & The Blackhearts. (ESTEFANI MEDEIROS)
Gravadora: EMI
Preço: R$ 45, em média
09/06/2010

BEN HARPER AND RELENTLESS 7

"Live From the Montreal International Jazz Festival"

Ben Harper se reinventa mais uma vez. Desde a estreia, em 1994, com "Welcome To The Cruel World", já foram diversos "namoros" com o blues, folk, gospel, country rock, soul, reggae, surf music e, agora, com o rockão setentista do trio Relentless 7.

O show deste pacote ao vivo, que inclui um CD, soa estranho acontecer em um festival de jazz. Com a banda de apoio, o músico apresenta uma roupagem pesada, distorcida e viajandona para suas músicas. A pegada é genuína, com bons momentos, como na versão para "Red House" (blues popularizado por Jimi Hendrix), nos riffs de "Number With No Name", ou mesmo num inesperado cover do Queen em "Under Pressure".

Para fãs mais ortodoxos, vai pesar o timbre rasgado do som e o exagero de virtuosismo em certos momentos. A banda é boa, mas às vezes o excesso dificulta aos ouvidos seguir apreciando o show, beirando o chato. O velho Ben Harper vem à tona em canções como a ótima "Faithfully Remain", que nitidamente encanta a plateia, e "Another Lonely Day", dos tempos de "Fight For Your Mind" (1995).

Trilhando novo rumo sonoro, o cantor se mantém coeso. Mesmo em "outra praia", a performance no palco, com paixão nos vocais e um ar de seriadade que sempre foi característico do músico, continua fiel. Sem fazer pose de durão ou apelar à boca de sino, Harper mostra um repertório para seguidor de Led Zeppelin nenhum botar defeito. E, renovado, continua o mesmo. (MARCO BRITTO)
Gravadora: Sony Music
Preço: R$ 35, em média
17/05/2010

ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO

"Double Face"

O novo trabalho Zezé Di Camargo e Luciano, "Double Face", chega em formato duplo. No primeiro disco, canções novas e algumas regravações pouco conhecidas no estilo romântico que a dupla adotou há varios anos. No segundo, regravações de sucessos sertanejos dos anos de 1980 e 1990, que vão de chamamés a polcas, músicas conhecidas pelos sertanejos como "modões".

Entre os destaques do primeiro disco, que traz 13 faixas, estão "Tapa Na Cara", primeira música de trabalho desse registro; a regravação de "Do Seu Lado", do Jota Quest, que traz Luciano fazendo a primeira voz; e "Eres Todos Los Extremos", cantada em espanhol.

Outra regravação, "Mentes Tão Bem", traz a participação do cantor Luiz Cláudio (ex-Luiz Cláudio & Giuliano) fazendo terceira voz. É uma versão feita pelo próprio Luiz Cláudio, gravada em seu último disco ao lado do ex-parceiro. Entre as apostas estão "Apaixonite Aguda", segunda faixa do disco, e "Um Novo Cara", gravada recentemente pela dupla Ataíde & Alexandre.

Apesar de musicalmente distantes, as letras aproximam os dois discos. Embora tenha um arranjo mais moderno, o primeiro ainda traz temas românticos, como a própria "Apaixonite Aguda", característica que a dupla nunca abandonou.

O segundo disco é uma das grandes surpresas da carreira dos irmãos, que sempre se mantiveram afastados de projetos de regravações. Mantendo os arranjos originais, 13 "modões" foram regravados em interpretações com alta dramaticidade, como pede o estilo.

Entre as mais conhecidas estão "Telefone Mudo", do Trio Parada Dura, "Ainda Ontem Chorei de Saudade", de João Mineiro e Marciano, "Noite de Tortura", de Chrystian e Ralf, e "Do Outro Lado da Cidade", de Guilherme e Santiago.

Por enquanto, nenhuma faixa do segundo disco foi escolhida para trabalho, mas as rádios já tocam "Metade de Mim", regravação de Chitãozinho e Xororó, e "Cada Qual Tem Seu Valor", de Juliano e Jardel, originalmente gravada em 1979.

A dupla, que recentemente superou a marca de 30 milhões de discos vendidos, espera que esse novo trabalho ultrapasse a venda de 500 mil cópias. (ANDRÉ PIUNTI)

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