No Country In Park, pais dizem que não conseguem proibir filhos de ouvir sertanejo atual
Pais que estiveram no festival Country In Festival, realizado neste fim de semana em Vinhedo, dizem que não conseguem proibir seus filhos de ouvir hits sertanejos atuais. "Eles têm acesso a internet e meios de comunicação muito fácil. Sabem dessas músicas muito antes que nós", disse Denise Cardoso, que é mãe de Isabela, de 13 anos.
Neste sábado, o sertanejo Victor criticou a "maioria dos hits sertanejos" tocados nas rádios e disse que existe "muito lixo e pornografia musical", afirmando que não deixa os filhos ouvirem esse tipo de música. Ainda em forma de protesto, Victor defendeu a arte de ser fazer uma canção. "Qualquer tipo de sentimento pode ser expressado através da arte de forma respeitosa, não é preciso banalizar".
Em um dia repleto de crianças e adolescentes, que esperavam para ver Thaeme e Thiago, Michel Teló e Luan Santana no Hopi Hari, Luiza Gomes, mãe de Clara, de 8 anos, disse que não consegue ver "tanta pornografia assim" em "Ai Se Eu Te Pego", por exemplo. "Um hit que tomou o mundo não pode ser tão ruim assim. Deixo minha filha ouvir. Acho pior outros sertanejos que falam de siliconadas e beber, cair, levantar e até mesmo os funks", disse ela, que mesmo não gostando de certos hits não consegue proibir a filha de ouvir.
Prestes a ver Thaeme e Thiago ao som de "Ai que vontade que me dá de beijar a sua boca e fazer o tchatchatcha", Lucas Entz, 9, vai assistir aos shows de seus ídolos pela primeira vez, em especial Luan Santana. "Quero ouvir 'Meteoro da Paixão', só vi pela televisão", contou ele, que estava acompanhado pela mãe Maira. Ela disse que, quando acha que uma música é imprópria, muda de estação no rádio. "Seleciono com muito cuidado."
Augusto, Artur e Maria Eduarda têm cinco anos e embalam o coro de "Ai Se Eu Te Pego", mas se dizem ser "mais fãs de Luan Santana". "Não quero saber da chuva, quero ver o Luan mesmo", disse Augusto apreensivo.
O engenheiro Mauro Prazeres Cunha é pai de Giulia, de sete anos, e acredita que os hits da moda eram piores na década de 90. "A dança do bumbum era terrível e todo mundo dançava. As crianças não veem essa maldade toda. Temos que orientar e digo que não é tão fácil assim impedí-los de ter acesso a músicas 'ruins'".
3 Comentários
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Em minha casa não entra (Naldo, duplinhas que se limitam a falar de sexo e festa a semana inteira, duplinhas que fazem músicas com onomatopéias repetidas 300 vezes).É só conversar senhores pais e DIZER a seus filhos COMO VAI SER. Não peça a opinião deles, mostre como vai ser. Dá pena quando vejo um pai ou mão dizendo: você quer franguinho ou carninha, quer comer na cozinha ou na sala?
Na minha casa certos tipos de músicas não são permitidos mesmo, tenho um filho com 23 anos e deixo claro que o que não gosto, não sou obrigada a ouvir, que ouça quando eu não estiver em casa, e assim é feito, isso é respeito.