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Andreas diz que convite para tocar com Motörhead rolou pouco antes do show

Adriana de Barros

Do UOL, em São Paulo

28/04/2015 20h19

Momentos antes do início do show do Motörhead, no último sábado (25), a produção do Monster of Rock anunciou o cancelamento da apresentação da banda no festival. O vocalista e baixista Lemmy Kilmister não poderia tocar por problemas de saúde. Houve até gente chorando entre o público. Logo após foi comunicado que haveria uma jam session dos integrantes da banda com o Sepultura

O guitarrista Andreas Kisser, que usou a guitarra de Phil Campbell, contou ao UOL como foi o convite relâmpago para o som com o Motörhead
 
UOL Música: Como rolou o convite pra vocês tocarem com os caras do Motörhead?
Andreas Kisser: Foi no dia do show mesmo, algumas horas antes do horário pro show começar. Eu já tinha tocado com o De La Tierra ao meio-dia, fui pro hotel tomar um banho e descansar um pouco e iria voltar pro festival mais tarde pra ver o Motörhead. 
 
Logo que saí do banho, a produtora do Motörhead me ligou falando que o Lemmy (vocalista) estava passando muito mal e que não conseguiria fazer o show. Ele tinha comido algo que não fez bem, e que o Mikkey (bateria) e o Phil (guitarra) queriam fazer uma jam com o Sepultura para não ter que cancelar o show. Fiquei bem tenso na hora mas fui conversar com o Phil, fomos juntos no carro dele para o festival e trocando ideias sobre o que poderíamos fazer. Fomos pro camarim e todos juntos resolvemos o que iríamos tocar.
 
UOL Música: O que cada um tava fazendo quando rolou o convite?
Andreas Kisser: Estavam todos no festival pra ver o De La Tierra e os nossos amigos do Motörhead, Judas e Ozzy, por isso pintou esta possibilidade.
 
UOL Música: Vocês já tinham tocado com eles?
Andreas Kisser: Sim. Já toquei com o Motörhead várias vezes na Europa e no Rock in Rio 2011. O Lemmy e o Phil já tocaram com o Sepultura algumas vezes. Somos muito amigos. 
 
O Paulo usou o baixo do Lemmy e eu usei uma guitarra do Phil, foi uma experiência fantástica e nos sentimos triste pela ausência do Lemmy, mas honrados em ter sido convidados para este grande desafio. Respeito total ao Motörhead. Queria agradecer ao público também que foi muito compreensivo, curtiu e apoiou o que fizemos no palco.