Sem nudez e mais maduro, Queens of the Stone Age rege fãs no Rock in Rio
Quase 15 anos depois da passagem pelo mesmo Rock in Rio, o Queens of the Stone Age voltou nesta quinta-feira (25) ao festival em uma fase mais "adulta", mas não menos barulhenta.
Se em 2001 a banda, quase desconhecida do público, surpreendeu pelo rock chapado, quase anárquico, e pelo fato do ex-baixista, Nicki Oliveri, ficar peladão no palco, agora sobrou apenas o cabeça do grupo, Josh Homme, da formação original. Quarentão, ele entrou devidamente vestido, tal qual um "teddy boy", com cabelo a là Elvis Presley.
O vocalista já disse em entrevistas que maneirou na "porra-louquice" depois de um grave problema de saúde. O último disco, "...Like Clockwork" (2013), que teve até participação de Elton John, mostra um amadurecendo na composição e certa calma na feitura das músicas, filtrando influências que vão do rock industrial ao art-rock do Queen. E tanto as canções quanto o clima do disco estavam no palco.
Daquela época sobrou o essencial no palco: o movimento pélvico do vocalista, os integrantes sempre dançando como se tivessem espasmos, e na caixa de som a massa ruidosa, embora cheia de groove. Sempre preciso. E alto. Agradando tanto ao público mais radiofônico ("No One Knows" pareceu um hino de arena, com a plateia acompanhando o riff como um canto), quanto o mais metaleiro ("Burn the Witch", "Sick, Sick, Sick").
Com o mesmo repertório da última passagem do Queens pelo Brasil, no ano passado, Homme entrou no clima do festival e regeu a plateia, coordenando os gritos de um lado ao outro da plateia. Já no final, "A Song for the Dead", da safra mais headbanger, fez tanto barulho quanto o Metallica.
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