Casal de Portugal acompanha turnê de Bruce Springsteen pelo mundo
Os portugueses Catarina Alves e José Alves estão na América Latina para acompanhar a turnê de Bruce Springsteen, principal atração deste sábado no Palco Mundo do Rock in Rio. "Saímos de Portugal no dia 9 e já fomos aos shows em Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina), São Paulo e agora Rio", conta Catarina, que virou fã do cantor por influência do marido.
"Fomos ao Rock in Rio Lisboa no ano passado ver o Bruce. Em 2012, estivemos em pelo menos 30 shows dele. Este ano, já fomos a oito. No total, já perdi as contas, mas já fui a pelo menos 70 apresentações do Bruce", revela o empresário português.
Por acompanhar muitos shows, o casal já virou amigo do segurança de Bruce e já pôde conversar e tirar fotos com o cantor.
"Ele é muito boa pessoa, muito simples. Para o Bruce, os fãs fazem parte da família dele e isso o torna ainda mais especial", conta José.
"Quero relembrar o de 85", diz gaúcho que acompanha o filho
Emoção passada de pai para filho. É dessa forma que o gaúcho Roberto Bergamaschi pretende apresentar o evento para Nathan Bergamadchi, que veio assistir ao show de Phillip Phillips.
"Vi no primeiro Rock in Rio, em 85, e quero relembrar esse momento que ficou marcado na minha vida com shows do AC/DC e Queen. Vi os shows com muita chuva e lama, mesmo assim foram inesquecíveis", disse o especialista em telecom, enquanto exibia como troféu a camisa que usou em 1985.
Apesar de o pai demonstrar mais empolgação com o festival, Nathan está ansioso para o show de Phillip Phillips e foi um dos primeiros a chegar na fila. "Acompanho a trajetória dele desde o ‘American Idol’", conta o jovem.
"Já fizemos outras aventuras como essa, uma delas foi o show da Miley Cyrus em São Paulo. Minha esposa já ligou preocupada, mas avisei que está tudo bem", disse o pai.
Encontro com Sprinsteen
A gaúcha Nina Lovise, 45, ainda nem assistiu ao show de Springsteen, mas já considera um lucro o dinheiro investido na viagem para o Rio de Janeiro. "Fiz plantão na porta do hotel que ele está (Copacabana Palace) e consegui tirar uma foto com ele e entregar um presente. Quando ele voltou da praia, vários fãs o cercaram e eu tropecei e quase caí. O Bruce viu a cena e me chamou para entrar", conta Nina, ainda emocionada.
"Foi maravilhoso, disse que o amava, dei parabéns pelo aniversário dele que está chegando e chorei que nem uma maluca", contou a fã, que garantiu que o cantor foi muito simpático e receptivo. "Não saio da grade por nada durante o show".
Além de Springsteen, o Palco Mundo recebe neste sábado John Mayer, Skank e Phillip Phillips.
O Palco Sunset recebe os encontros de Orquestra Imperial e Jovanotti, Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Roberta Sá, depois Ivo Meirelles, Fernanda Abreu e Elba Ramalho e finalmente Gogol Bordello e Lenine -- que encerra a programação tocando sozinho a partir das 21h30.
"Ame ou odeie"
O Bon Jovi encerrou a sexta-feira com um show em marcha lenta. Sem o baterista Tico Torres (substituído de última hora) e o guitarrista Richie Sambora (já em situações de conflito na banda há algum tempo), restou para Jon e o tecladista David Bryan defenderem os clássicos da banda. Não deu muito certo, o show estava modorrento. De diferente, estava a fã que subiu ao palco e ganhou selinho de Jon e o cover de "Start Me Up", dos Rolling Stones.
Exemplo clássico do perfil de "ame ou odeie" que parece recair sobre praticamente todas as atrações deste quinto dia de Rock in Rio, os canadenses do Nickelback - liderado por Chad Kroeger, atual marido da cantora Avril Lavigne - são ao mesmo tempo uma das bandas que mais vendeu discos no mundo, mas também uma das mais perseguidas pelos odiadores da internet. Ao contrário do que se poderia esperar, porém, o grupo não teve de enfrentar vaias e foi acompanhado pela plateia do início ao fim da apresentação com um repertório que alternava faixas mais pesadas como "Animals" a baladas como "Photograph" e "How You Remind Me".
Já o Matchbox Twenty ajudou a esquentar o público para o Bon Jovi cantantando sucessos radiofônicos como "3 A.M." e "Unwell" e "Push". "So Sad So Lonely", do álbum "More Than You Think You Are" (2002), com seus solos e pegada mais roqueira, foi uma das faixas que mais cativaram o público, que acompanhou com palmas, enquanto o vocalista descia do palco para cumprimentar o fãs. "Procuramos por isso [tocar no Rock in Rio] durante nossa vida inteira", afirmou o vocalista Rob Thomas logo no início da apresentação.
Velho conhecido do Rock in Rio, Frejat teve a responsabilidade de abrir o Palco Mundo, com show recém-saído do forno. Encarnando um crooner romântico, o cantor e guitarrista deu o pontapé na nova turnê com o sugestivo nome "O Amor é Quente" --título de sua nova música, cujo clipe foi lançado nesta sexta-feira (20) exclusivamente pelo UOL. O tal show novo não teve tantas novidades assim. Fora a música inédita, Frejat cantou "Divino, Maravilhoso", famosa na voz de Gal Costa, "A Minha Menina", de Jorge Ben, e "Não Quero Dinheiro", de Tim Maia, além de sucessos do Barão Vermelho e Cazuza como "Malandragem", "Bete Balanço" e "Pro Dia Nascer Feliz".
No Palco Sunset, conhecido por duetos e encontros de diferentes artistas, o destaque foi o show de Ben Harper, que estreou no Rock in Rio ao lado do lendário bluesman Charlie Musselwhite. O espaço ainda recebeu apresentações The Gift e Afrolata, Grace Potter and The Nocturnals e Donavon Frankenreiter e Mallu Magalhães com a banda Ouro Negro.
Recebida com gritos de "linda" e "maravilhosa" dos fãs, Mallu agradou uma plateia formada essencialmente de jovens. Quando a Banda Ouro Preto, conhecida por acompanhar o jazzista Moacir Santos, ficou sozinha no palco, parte do público começou a dispersar.
A vez do rock no Rio
A segunda parte do Rock in Rio, que se estende até domingo e conta com atrações mais roqueiras e pesadas do que na semana passada, teve início nesta quinta. O destaque da noite foi a apresentação do Metallica, que voltou ao festival após dois anos, com repertório que revirou praticamente toda a discografia da banda em um show de 2 horas e 10 minutos de duração.
O saudosismo também deu as cartas no show dos veteranos do grunge Alice in Chains, que levaram os fãs de volta ao ano de 1992, época em que a banda lançou "Dirt", um de seus álbuns mais celebrados, que ajudou a compor o repertório da apresentação.
Principal palco do festival, o Mundo teve ainda nesta quinta os brasileiros do Sepultura, que tocaram junto com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx, e os suecos do Ghost BC, em sua apresentação performática repleta de provocações à igreja católica que não animou muito o público da Cidade do Rock.
Pelo Palco Sunset, passaram nesta quinta-feira dois antigos conhecidos dos fãs de rock no Brasil: o ex-Skid Row Sebastian Bach e Rob Zombie, que já tinha vindo ao país em 1996 à frente da banda de metal White Zombie.
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