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Concurso de Street Dance atrai curiosos no Rock in Rio

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio

22/09/2013 00h02

O público que esperava nos intervalos entre os shows do Sunset e do Palco Mundo se deparou, neste sábado (21), com uma inusitada performance de dança de rua.

Localizado no meio do caminho entre os dois palcos do Rock in Rio, o stage Street Dance, que passava quase despercebido no evento, chamou a atenção pela final de um concurso que escolheu o melhor grupo de dança de rua do país.

Com nomes criativos como Kahal, Garopaba Atitude e Urban Project, cinco grupos animaram o pessoal que estava de bobeira com performances inusitadas com movimentos robóticos ou estilos de dança funky associados ao hip hop.

O primeiro lugar na categoria nacional que receberá R$ 45 mil foi dado a um grupo de Curitiba chamado Brainstorm.

O júri era formado pela vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina, e os diretores artísticos Palco Street Dance, Bruno Bastos e Miguel Colker, filho da dançarina Deborah Colker.

“Eu cresci com dança e a contemporânea se apropria de vários movimentos, entre eles a dança de rua. Foi difícil, quase impossível escolher. Na dança não tem melhor, todos dançam juntos, é uma grande confraternização. Todo mundo quer ganhar, o mais bonito é o grande encontro”, disse ao UOL Miguel Colker.

Na hora de avaliar, o júri levou em conta a sinergia dos grupos, a coreografia, criatividade e empolgação do público.

No domingo (22), último dia do festival, será realizado o concurso internacional para decidir qual será o melhor grupo de dança de rua. Além dos brasileiros, estão na disputa espanhóis e portugueses do festival realizado em Lisboa e Madrid, em 2012.

O primeiro lugar Street Dance do Rock in Rio Internacional receberá R$ 45,2 mil, já o segundo colocado levará R$ 15,9 mil e o terceiro ganhará R$ 6,8 mil.

Neste sexto dia de Rock in Rio, John Mayer e Bruce Springsteen são as atrações mais esperadas do Palco Mundo, aberto pelos brasileiros do Skank – que tocaram sucessos da carreira e tiveram convidados como Emicida e Nando Reis –, e que recebe também Phillip Phillips.

O Palco Sunset abre espaço para os encontros de Orquestra Imperial e JovanottiMoraes Moreira, Pepeu Gomes e Roberta SáIvo Meirelles, Fernanda Abreu e Elba Ramalho e finalmente Gogol Bordello e Lenine -- que encerra a programação tocando sozinho.

"Ame ou odeie"

O Bon Jovi encerrou a sexta em marcha lenta. Sem o baterista Tico Torres (substituído de última hora) e o guitarrista Richie Sambora (já em situações de conflito há algum tempo), restou para Jon e o tecladista David Bryan defenderem os clássicos da banda. Não deu muito certo, o show estava modorrento. De diferente, estava a fã que subiu ao palco e ganhou selinho e o cover de "Start Me Up", dos Rolling Stones.

Exemplo do perfil de "ame ou odeie" que parece recair sobre as atrações do quinto dia, o Nickelback venceu as desconfianças e foi acompanhado pela plateia do início ao fim da apresentação com um repertório que alternava faixas mais pesadas como "Animals" a baladas como "Photograph" e "How You Remind Me".

Já o Matchbox Twenty ajudou a esquentar o público para o Bon Jovi cantantando sucessos radiofônicos como "3 A.M." e "Unwell" e "Push". "So Sad So Lonely", do álbum "More Than You Think You Are" (2002), com seus solos e pegada mais roqueira, foi uma das faixas que mais cativaram o público. Velho conhecido do Rock in Rio, Frejat teve a responsabilidade de abrir o Palco Mundo, com show recém-saído do forno.

No Palco Sunset, conhecido por duetos e encontros de diferentes artistas, o destaque foi o show de Ben Harper, que estreou no Rock in Rio ao lado do lendário bluesman Charlie Musselwhite. O espaço ainda recebeu apresentações The Gift e Afrolata, Grace Potter and The Nocturnals e Donavon Frankenreiter e Mallu Magalhães com a banda Ouro Negro.

A vez do rock no Rio

A segunda parte do Rock in Rio, que se estende até domingo e conta com atrações mais roqueiras e pesadas do que na semana passada, teve início nesta quinta. O destaque da noite foi a apresentação do Metallica, que voltou ao festival após dois anos, com repertório que revirou praticamente toda a discografia da banda em um show de 2 horas e 10 minutos de duração.

O Palco Mundo teve ainda os veteranos do grunge Alice in Chainsos brasileiros do Sepultura, que tocaram junto com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx, e os suecos do Ghost BC, em sua apresentação performática repleta de provocações à igreja católica. Pelo Palco Sunset, passaram dois antigos conhecidos dos fãs de rock no Brasil: o ex-Skid Row Sebastian Bach e Rob Zombie, que já tinha vindo ao país em 1996 à frente da banda de metal White Zombie.