Katy Perry fecha Rock in Rio em clima de balada infantil e fã no palco
O eclipse lunar que acontecia sobre a Cidade do Rock ficou completamente ofuscado quando Katy Perry entrou no Palco Mundo, fechando a edição 2015 do Rock In Rio na noite deste domingo (27). E ainda deu cinco minutos de fama à Rayane, jovem do Rio de Janeiro que subiu ao palco a convite da cantora e se transformou em "Rayayaya".
Katy voltou ao festival, onde se apresentou em 2011, com luz própria, cintilando em cores neon, pulando corda e trocando de figurinos em atos grandiosos. Para compensar a voz que ainda desafina em alguns momentos, a cantora faz de sua nova turnê, "Prismatic Tour", um grande circo, mais moderno do que a anterior, mas ainda milimetricamente coreografado.
Teve cavalo mecânico articulado em "Dark Horse", dançarinos vestidos de gatos que sapateavam em "Hot N Cold", e emojis infláveis sob a plateia em "This is How We Do". Tudo é muito pop, e, como dizem, "tendência". Sabendo disso, ela até desfila em versão felina cantando "Vogue", de Madonna.
Até na hora de escolher um fã para subir no palco, Katy seguiu a mesmo piada que fez no show em São Paulo, no dia anterior. Perguntou para a fã Rayane como se falava "pizza" e "selfie" em português. Enquanto a fã aproveitava para beijar o pescoço da diva, a cantora fazia graça ao tentar falar o nome da garota: "Rayayaya". E ainda observou: "Ela está doidona".
Da plateia, Paula Neves, 31, pulava junto com a afilhada Maria Fernanda, 14. "É tudo perfeito, colorido. Amei a parte do cavalo em 'Dark Horse'. Ela é simpática e não faz tipo. É ela mesma", defendeu a mais nova.
Dia de chuva e música pop
Poucas bandas conseguiram reunir tanta gente no show de abertura do Rock in Rio 2015 no Palco Sunset. Neste último dia do festival, a banda Suricato, saída do reality musical "Superstar", da Globo, mostrou um rock vigoroso para uma plateia de idade variada e em clima familiar. Entre o folk e a world music, a banda só ganhou com a participação do violonista norte-americano Raul Midón.
A cantora Aurea e o rapper Boss AC comandaram uma curiosa festa portuguesa. Nada de fado ou batidas de pés, mas uma mistura do soul e rap produzido naquele país. O público, ainda pequeno no local, não parecia conhecer a fundo o repertório da dupla. Exceção feita apenas à retrô "Busy", de Aurea, incluída na trilha da novela "Amor à Vida", que levou a um pequeno coro.
Destoando da escalação do segundo fim de semana de Rock in Rio 2015, mais focado em atrações pop e teen, o cantor Al Jarreau apresentou um show "adulto" e cheio de suingue, ao lado do compositor e arranjador Marcos Valle. O encontro rendeu um caldo descontraído, celebrando R&B, jazz e bossa nova, que agradou em cheio a porção da plateia que não estava ali exatamente para ver Katy Perry.
O Cidade Negra levou não só o balanço de seu reggae, mas também um discurso político. "Está tudo bem aqui dentro, mas está muito ruim aí fora. Se você está puto com tudo que está acontecendo, dê um grito", disse o vocalista Toni Garrido, durante "Pensamento", sem nomear o alvo da reclamação. Foi atendido de imediato, mas, diferente dos dias anteriores, o público não emendou com xingamentos.
Atração de encerramento do Palco Sunset, o show de homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro aconteceu sob uma típica garoa paulistana, que mais tarde se transformou em chuva forte. Com cartões-postais e imagens da cidade projetados no telão, subiram ao palco Davi Moraes, Simoninha, Gabriel o Pensador, Leo Jaime, Roberta Sá, Alcione e Buchecha. No repertório, "Brasileirinho", "Aquele Abraço", " Surfista Solitário", "Menino do Rio", "Óculos", "Fla x Flu" e várias outras faixas que de alguma forma simbolizam a cidade.
Virtualmente desconhecida do público do Rock in Rio, a cantora Aluna Francis, da dupla AlunaGeorge, encarou desafios: substituir a cantora Robyn, que cancelou sua participação no festival em cima da hora, e tocar debaixo do primeiro temporal nesta edição. E não teve dificuldades para conquistar tanto os fãs do A-ha quanto de Katy Perry.
O grupo norueguês A-ha levou o Rock in Rio a dar o seu maior mergulho nos anos 1980. A década que mais desperta nostalgia no público brasileiro foi revista de forma exemplar pela banda, que para isso precisou encarar a chuva, o som baixo e uma plateia repleta de adolescentes. A aula de arranjo e composição pop da banda incluiu "You Are the One", "Hunting High and Low" e o grand finale com "Take on Me", que reverberou na Cidade do Rock, com seus teclados mais anos 1980 que os próprios anos 1980.
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