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Rock in Rio terá multa de R$ 10 mi por dia caso não faça ajustes médicos

Do UOL, em São Paulo

18/09/2013 17h55

A juíza Márcia Cunha de Araújo Carvalho, da 2ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, determinou nesta quarta-feira (18) que a organização Rock in Rio terá de comprovar que as irregularidades no atendimento médico do festival, detectadas em vistorias dos bombeiros e do Ministério Público, foram corrigidas para que o evento possa ser realizado entre quinta e domingo. Caso os problemas não sejam solucionados, o festival terá multa diária de R$ 10 milhões.

A decisão foi baseada no pedido de liminar feito pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, solicitando a suspensão do festival até que os problemas sejam solucionados.  

Veja as principais irregularidades:

 - três ambulâncias tipo B (suporte básico), de sete previstas
 - cilindros de salão lacrados no momento da inspeção
- materiais e equipamentos diversos fora da conformidade
- falta de sinalização dos postos médicos
- falta de estatísticas de atendimento dos postos durante o evento
- atraso na montagem dos postos, que não se encontravam montados quando da abertura dos portões
- ambulâncias sem equipe disponível para atendimento no horário previsto
- áreas de escape de viaturas obstruída
- ambulâncias básicas sem materiais e insumos mínimos para funcionamento
- ambulâncias básicas sem materiais e insumos mínimos para funcionamento
- ambulância avançada com cilindro de oxigênio vazio
- pacientes sendo atendidos em cadeiras no posto médico ao lado do palco

Na sentença, a juíza condiciona a abertura dos portões do evento à "comprovação de que foram sanadas as irregularidades narradas na petição inicial, com a disponibilização de recursos mínimos exigidos para emergências, especialmente as referentes aos postos médicos e ambulâncias (...), dentre outros atos normativos, sob pena de multa diária de R$ 10 milhões".

 
"A urgência é evidente, diante da iminência de mais quatro sessões de espetáculos, para o qual há previsão de afluírem cerca de 100 mil pessoas, em cada um dos próximos quatro dias", disse a juíza na setença.
 
Uma nova vistoria dos bombeiros e do Ministério Público foi marcada para o final desta tarde na Cidade do Rock, onde acontece o festival. Nas vistorias do primeiro fim de semana, foram constatados menos leitos, menos médicos e menos ambulâncias do que o previsto.
 
A organização do Rock in Rio afirmou que o festival já trabalha para se adequar às solicitações feitas pelos órgãos depois das vistorias feitas no primeiro fim de semana.
 
O público reclamou, principalmente nas redes sociais, da falta ou da demora de socorristas e seguranças em momentos de atendimento de urgência. A maior parte dos casos foi por causa de desidratação e queda de pressão. 
 
Apenas no primeiro dia, foram mais de 300 atendimentos médicos nos postos do Rock in Rio. Os sete postos espalhados pela Cidade do Rock enfrentaram falta de água potável para dar aos pacientes.
 
Procon multou festival por vazamento
Após vazamento de esgoto em um banheiro do Rock in Rio 2013, o Procon-RJ interditou um dos sanitários da Cidade do Rock e multou o evento na sexta-feira (13). 
 
De acordo com comunicado do site do Procon, a organização do Rock in Rio foi autuada e a multa será estabelecida pelo departamento jurídico nos próximos 15 dias. Outro problema encontrado neste primeiro dia foi a falta de preços nas mercadorias expostas na vitrine da Coca-Cola Clothing. O estabelecimento também foi autuado.
 
O banheiro, que tem pelo menos 20 módulos com cinco cabines cada, foi fechado e as mulheres estavam sendo impedidas de entrar. De acordo com a organização, a causa do entupimento foi papéis higiênicos jogados no vaso sanitário.
 
Segundo o Procon, um vazamento acarretou numa poça de urina e fezes nos fundos da lanchonete do Bob's, próximo ao local onde são armazenados as bebidas do estabelecimento em galões.