Jack White, clássicos do Led e St. Vincent: veja como foi o 1º dia do Lolla
Encerrada com um show arrasador de Jack White, a primeira noite do festival Lollapalooza Brasil 2015, que acontece neste sábado e domingo (28 e 29) no Autódromo de Interlagos (zona sul de São Paulo), teve entre os seus grandes momentos uma apresentação de Robert Plant recheada de clássicos do Led Zeppelin, a performance surpreendentemente visceral de St. Vincent e a barulheira eletrônica do DJ Skrillex.
Qual foi o melhor show do 1º dia do Lollapalooza 2015?
Resultado parcial
Total de 1100 votosO evento, que teve início ao meio-dia, no entanto, não trará boas lembranças para os fãs de Marina and The Diamonds, que cancelou o show em cima da hora devido a um problema em seu voo, o que obrigou a organização a alterar os horários de algumas atrações. Fora isso, houve uma pequena onda de roubos de celulares durante o show de Skrillex.
De resto, o festival transcorreu sem grandes problemas. Apesar da previsão do tempo indicar chuva forte para a tarde do sábado e de grande parte das pessoas ter adquirido capas de chuva dos camelôs, só no finalzinho do show de Jack White o público pôde sentir algumas gotinhas caindo do céu.
O que também contribuiu para a ausência de problemas foi o fato de o público ter sido abaixo do esperado. Neste ano, o primeiro dia do evento não atraiu tanta gente como nas edições anteriores. Tanto que cambistas até chegaram a vender ingressos comuns nos arredores do autódromo cobrando o preço de meia-entrada, para não ficar no prejuízo total.
Também houve uma melhora na movimentação de um palco para outro, em relação ao festival do ano passado. Mas, mesmo com passagens mais largas de um palco para outro, ainda houve um pouco de empurra-empurra. Para chegar ao evento, o trem da linha esmeralda da CPTM, que recebeu uma “caravana indie”, continua sendo a melhor opção.
Shows do primeiro dia
A primeira atração a se destacar no evento foi a Banda do Mar, que subiu ao palco Skol às 13h45 e, mesmo tocando cedo, conseguiu se apresentar para uma plateia lotada, o que deixou até mesmo o guitarrista e vocalista Marcelo Camelo surpreso. Mallu Magalhães, por sua vez, conquistou o público com simpatia e sorrisos.
Outras atrações, como os grupos britânicos Alt-J e Kasabian, fizeram shows elogiados, mas foi a americana St. Vincent, codinome da cantora Anne Clark, que surpreendeu e roubou a cena ao fazer uma apresentação performática no palco Axe, com direito a coreografias robóticas e guitarras barulhentas e viscerais. Com certeza, foi uma das melhores performances da noite.
Às 18h20, o público lotou a frente do palco Skol para receber a lenda do rock Robert Plant. O ex-vocalista do Led Zeppelin não decepcionou seus antigos fãs e cantou vários clássicos da sua ex-banda, como “Babe, I’m Gonna Leave You” (primeira do show), “Black Dog”, “Going to California” e “Whole Lotta Love”, além de covers de blues e músicas de seu álbum mais recente, “Lullaby and the Ceaseless Roar”. Foi uma grande apresentação, apesar de os fãs terem estranhado um pouco os arranjos com cara de world music nos clássicos do Led, de um chiado que saía dos alto-falantes durante todo show e de a voz de Plant não ter mais toda a força de outrora.
Terminado o show do “deus dourado”, foi a vez de o DJ Skrillex mostrar a sua música eletrônica para uma plateia lotada de jovens na faixa etária de 18 anos, que pularam freneticamente ao som dos barulhos mecânicos que saíam das picapes, misturados a trechos de músicas conhecidas, como o tema do filme “O Rei Leão”. Enquanto isso, o palco, coberto por telões de led, exibia uma profusão de imagens desconexas e soltava jatos de fumaça e luzes.
O grande show da noite, no entanto, foi mesmo o de Jack White, que, com volume altíssimo, som perfeito e acompanhado por uma banda excelente, tocou um apanhado de toda a sua carreira, incluindo sucessos de suas ex-bandas White Stripes e Raconteurs, além de músicas de seu novo disco, “Lazaretto”.
Riffs e solos de guitarra poderosos, clima soturno sob luzes azuis e uma influência clara de folk e blues, num cenário vintage, marcaram a apresentação para roqueiro nenhum botar defeito. Também não faltou o hino “Seven Nation Army”, do White Stripes, que encerrou a apresentação, e a primeira noite do festival, com o riff acompanhado em coro pelo público.
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