Ícone do folk Pete Seeger morre aos 94 anos
O músico Pete Seeger, um dos maiores ícones da música folk e com mais de oito décadas de carreira, morreu nesta segunda (27) em Nova York, informou o jornal The NY Times. Ele tinha 94 anos e morreu de causas naturais.
Seeger, um dos grandes popularizadores do tradicional repertório do folk norte-americano, se tornou conhecido por utilizar a música com fins sociais, reforçando laços comunitários. Ele gostava de participar de apresentações em grupo e encorajava a plateia a participar ativamente cantando em seus shows. Ele ajudou a moldar a história das lutas sociais dos EUA, cantando em marchas por direitos trabalhistas, contra a guerra do Vietnã e a favor de causas ambientalistas.
Oponente de longa data da Guerra do Vietnã, Seeger gravou em 1966 o disco “Dangerous Songs!?” (Canções Perigosas) com músicas que criticavam veladamente o impulso armamentista dos Estados Unidos. Em 1982, foi a vez de Seeger realizar um concerto beneficente para movimento de resistência polonês Solidariedade.
O artista, com uma discografia de mais de 100 álbuns, foi mentor e influência para artistas como Bob Dylan, Don McLean, e Bruce Springsteen. Springsteen, que o homenageou com o álbum "We Shall Overcome: The Seeger Sessions" em 2006, o definiu como "um arquivo da música e da consciência da América, um testamento do poder da música e da cultura para influenciar a história". No ano passado, Seeger foi incluído entre os 198 artistas da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos.
A história do machado
Espécie de guru folk para Dylan, Pete Seeger insistiu com seus amigos para que Dylan gravasse seu primeiro álbum, mas se envolveu em uma polêmica com o cantor em 1965, quando Dylan decidiu se apresentar com uma banda e guitarra n festival de Newport – tradicionalmente folk. Pete foi apontado por ser um símbolo de resistência ao novo som elétrico e cortou, furioso, os cabos de energia que ligavam os instrumentos no palco.
Em uma de suas últimas entrevistas, em uma rádio, Pete confirmou a história, mas deixou claro que sua reação não foi por conta do uso de guitarras. “Eu fiquei furioso pelo som estar tão distorcido que você não conseguia ouvir o que ele estava cantando. E era uma ótima canção, “Maggie’s Farm”. Eu fui lá com um machado parta cortar o cabo de som”.
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